sábado, 4 de junho de 2011

FICHAMENTO 4 QUESTÃO 3


Aspectos moleculares do Sistema Sangüíneo ABO
BATISSOCO, Ana Carla  e  NOVARETTI, Marcia Cristina Zago. Aspectos moleculares do Sistema Sangüíneo ABO. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2003, vol.25, n.1, pp. 47-58. ISSN 1516-8484.
“O sistema de grupo sangüíneo ABO, descoberto por Karl Landsteiner no começo do século XX, é, até hoje, considerado o mais importante sistema de grupos sangüíneos na medicina clínica transfusional.” (P.47)
“A heterogeneidade fenotípica do sistema sangüíneo ABO é devido à diferença estrutural do gene das glicosiltransferases, que são responsáveis pela transferência dos resíduos específicos de açúcar, α13-N-acetil-galactosamina transferase ou α 1 3-N-galactosil transferase ao substrato H, e os convertem ao antígeno A ou B respectivamente.” (P.47)
“As glicosiltransferases são enzimas que catalisam as reações de transglicolização entre o substrato aceptor e o açúcar receptor. A ação das transferases nessas reações dependerá de sua estrutura conformacional, que permitirá ou não sua ligação ao substrato.” (P.48)
“Apesar de os anticorpos monoclonais antiA e/ou anti-B reconhecerem e aglutinarem a maioria dos subgrupos ABO, a determinação daqueles que apresentam baixíssima expressão de antígenos é laboratorialmente trabalhosa.” (P.48)
“Os genes são codificados por meio de seqüências específicas presentes no DNA, localizadas em pontos estratégicos ao longo do cromossomos.” (p.48-49)
“Alguns estudos realizados demonstraram que a proteína transferase apresenta três domínios: um N-terminal, transmembrana hidrofóbica e um C-terminal. A forma solúvel e purificada da enzima é ativa cataliticamente” (p.49)
“Os avanços na biologia molecular na última década têm providenciado aos bancos de sangue o conhecimento de diferentes alelos ABO, assim como diversas técnicas para sua detecção. Ao longo de todo esse tempo, mais de trinta diferentes métodos para a genotipagem do gene ABO têm sido descritos em diversas publicações Científicas.” (p.54)
“Entre os mais freqüentes métodos descritos para a genotipagem do locus ABO destacam-se a reação de polimerase em cadeia (PCR) juntamente com o estudo do polimorfismo de comp r i m e n t o  d e  f r a g m e n t o s  d e  D N A  ( R F L P - Restriction Fragment Length Polymorphism), a amplificação do DNA por meio dos primers alelos específicos (ASP), a detecção de alterações de conformação das cadeias simples do DNA (SSCP-Single Strand Conformation Polymorphism) e outras diversas técnicas como o seqüenciamento automático.” (p.54-55)
“O polimorfismo de comprimento de fragmentos de DNA (RFLP), obtido pelo tratamento do DNA com enzima de restrição, consiste na digestão do produto amplificado com uma ou mais endonucleases, seguido de eletroforese para separação dos fragmentos de acordo com o seu comprimento. O número de fragmentos obtidos corresponde ao número de sítios de restrição reconhecidos pela(s) enzima(s).” (p.55)
“Para análise do polimorfismo do gene podemos citar a técnica de SSCP (Single Strand Conformation Polymorphism), que permite identificar variações de seqüência (mutações ou polimorfismos) através da detecção de alterações da conformação de cadeias simples de DNA. A técnica de SSCP é considerada uma das melhores para detecção das mutações inesperadas no gene, pois é capaz de identificar substituições, deleções e/ou inserções de nucleotídeos baseada na diferença de mobilidade eletroforética dos fragmentos de DNA com seqüências diferentes. O fator limitante dessa técnica é a dificuldade operacional na prática clínica.” (p.56)

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